domingo, 28 de abril de 2013

LABIRINTO DA SAUDADE

   Eduardo Lourenço escreveu esta obra em 1978, altura em que Portugal era muito diferente. O que significava então e o que significa agora ser-se portugues e como então e agora os portugueses se vêem a si próprios é uma das preocupações do autor na sua demanda pela alma lusitana. Portugal mudou muito entretanto mas alguns dos nossos estereótipos culturais permanecem os mesmos. O fatalismo, o virar-mo-nos para dentro e a nossa recusa em nos projetarmos no nosso futuro que são os outros.
   Composto por textos magníficos, alguns críticas publicadas em jornais, vislumbramos através de vultos da nossa história e literatura, os vícios, os bloqueios e os dramas que são os nossos e que refletem a nossa ansiedade e capacidade de superação e desenrascanço. Vários dos nossos melhores pensadores e o seu contributo para a compreensão da razão de ser do nosso percurso e da nossa cultura e a originalidade do ser portugues permanentemente emparedado entre a identidade que lhe é própria e a ameaça das margens que o oprimem.

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