segunda-feira, 17 de setembro de 2018

DEUS, RELIGIÕES, (IN)FELICIDADE


   O Papa emérito, o cardeal Bento XVI, chamava-lhes as religiões Black & Decker (Do it yourself!) São os tempos da modernidade em que, fruto de uma evolução histórica, se coloca num plano de igualdade filosófica o teísmo, o agnosticismo e o ateísmo. Razões e razões. De uns e outros. Fruto da angústia humana resultante do drama do mal, da existência do sofrimento e da finitude do universo. Todo o ser humano tem uma dimensão existencial. Em que se constrói a si mesmo num misto de individualidade e alteridade. O Homem é aquele que se projeta no outro. Que se constrói a partir do outro e em relação dialética com ele. Que constrói o outro. O Homem é uma entidade relacional que só encontra o seu sentido em relação. Numa dinâmica que potencia essa relação e que lhe amplia as possibilidades. Somos sentido de possibilidade. De construção. De finitude. E só encontramos o infinito quando dialogamos, e dialogando e compreendendo-nos vamos à procura. Ancorados, nas nossas incertezas mas  no desejo firme de alcançar a nossa verdade.