sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

MINHA QUERIDA INÊS


   Há o perigo real dos filhos de D. Inês, bastardos descendentes do rei de Castela, ascenderem ao trono português. O rei de Portugal vivia obcecado pelo drama da bastardia. Já D. Dinis teria tido uma predileção por amantes e concubinas e preferira os filhos que gerara nestas ao seu filho legítimo. Sucedem-se tramas e intrigas envolvendo o fragilizado reino com as ambições de nobres e cavaleiros. D. Álvaro Pereira, prior do Hospital, confronta Inês. Quer saber se ela sabe do conluio de seus irmãos com D. Pedro para destronarem o legítimo rei de Castela. Inês enfeitiçara D. Pedro com o seu charme e a sua aparência esbelta, seios fartos e cabelos longos e louros. Mas o seu pai está desgostoso com o infante e teme pela sorte do pequeno Fernando que pode ser facilmente ultrapassado por um jovem mais saudável e atlético.
   O escudeiro que Inês detesta foi enviado por D. Pedro para a proteger. Efeminado, diz-se que é amante de Pedro. Mas Remédios é Jala, a moura filha do rei de Almendra, que Inês recebe e protege e que vai velar os filhos da donzela mais cobiçada de Portugal.
   Pedro deu a Inês o padroado da igreja de Sto. André e está desejoso de casar com ela. A donzela foi madrinha de Luís, filho de Pedro e Constança. O padrinho fôra Diogo Lopes de Pacheco. Mais tarde este envia Gonçalo Vasques em nome do rei a falar com D. Pedro instando-o a casar com Inês. Mas este energúmeno no passado havia frustrado a bula papal de dispensa para o casamento e por isso não era de confiança. Pedro, infantilmente, confia que conseguirá proteger Inês.
   O rei de Portugal reúne em conselho. Álvaro Gonçalves e Pêro Coelho dão a sua opinião. Entra um mensageiro anunciando que os Castro haviam tentado envenenar Pedro, filho da infanta D. Maria e neto do nosso rei. Decide-se que D. Inês deve morrer. A trama foi sendo urdida por Pêro Coelho, Afonso Madeira depois de abundantemente subornado, Luís Anes (falcoeiro do infante) e Pedro Esteves Condesso (falcoeiro do rei).  


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